Um alerta da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Nooa, revela que a estação de furacões no Oceano Atlântico deste ano será “muito ativa” e tem 60% de chance de ficar “acima do normal”.
Com isso, a Organização Pan-Americana da Saúde apelou aos governos das Américas que preparem seus sistemas de saúde para responder a eventuais desastres e emergências.
Chuvas torrenciais
Todos os anos, a estação dura de 1 de junho a 30 de novembro.
Para a agência da ONU, os países devem rever seus planos de contingência para potenciais tempestades, enchentes e outros eventos de temperaturas extremas.
O chefe da Unidade de Operações de Emergência da Opas, Leonardo Hernandez, afirmou que eventos hidrometeorológicos extremos, como furacões, chuvas torrenciais e consequentes inundações e deslizamentos de terra são uma ameaça constante para a região, causando ferimentos, mortes e sobrecarregando os sistemas de saúde.
Além do impacto físico e dos danos à infraestrutura, as consequências para a saúde de eventos climáticos extremos são risco de doenças transmitidas pela água, por vetores, como dengue e chikungunya, e doenças respiratórias.
O furacão Beryl causou devastação na Union Island, em São Vicente e Granadinas
Perdas econômicas
A previsão da Nooa para esta temporada de furacões no Atlântico tem uma variação de 13 a 19 tempestades com nome e ventos de 63 km/h ou mais.
Destas, prevê-se que 6 a 10 se tornem furacões com ventos de 119 km/h ou mais, incluindo 3 a 5 grandes furacões nas categorias 3, 4 ou 5, com ventos de 178 km/h ou mais.
A temporada de furacões do ano passado já foi altamente destrutiva e causou algumas das maiores perdas econômicas já registradas.
Ministérios da Saúde farão reunião
Foram 18 tempestades com nome, entre elas sete tempestades tropicais e 11 furacões — cinco dos quais foram grandes.
A temporada teve vários furacões de categoria 5, incluindo o furacão Beryl, que se formou em junho e se tornou a primeira tempestade de categoria 5.
Para ajudar os países das Américas a se prepararem para a próxima temporada de furacões, a Opas realizará uma reunião virtual de preparação em 10 de junho, que proporcionará uma oportunidade para representantes dos Ministérios da Saúde e agências de proteção civil trocarem experiências com especialistas em resposta a desastres e saúde pública em emergências.
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