Uma promessa de US$ 8 milhões para a Ronda de Investimento Global da Organização Mundial da Saúde, OMS, foi feita pelo presidente de Angola, João Lourenço, durante um evento em Genebra, sede da agência da ONU.
O dinheiro é uma prova do compromisso do país africano com a cooperação multilateral. O anúncio do presidente coincidiu com a realização da Assembleia Mundial da Saúde, que é o órgão deliberativo mais importante da organização.
Financiamento flexível e resiliente
Atualmente, João Lourenço também ocupa a presidência rotativa da União Africana. Para Angola, o dinheiro deve ajudar a ampliar um novo modelo de financiamento para a saúde global após cortes de verbas de ajuda internacional por Estados Unidos e outras nações.
Com a promessa de destinar US$ 8 milhões à OMS, Angola se torna a 14ª. país africano a se juntar à Ronda de Investimento, que espera mobilizar financiamento resiliente, flexível e previsível para o período de 2025 a 2028.
Atualmente, João Lourenço também ocupa a presidência rotativa da União Africana
Ao falar em nome do continente africano, João Lourenço ressaltou a necessidade urgente de apoiar a OMS a responder os desafios, crises e emergências. A posição do bloco africano é de que a agência precisa ter um conjunto de contribuições fixas assim como a independência para executar o mandato recebido pelos Estados-membros.
Déficit de mais de US$ 7 bilhões
A Ronda de Investimento foi lançada para tentar preencher a lacuna de financiamento em saúde global. Até 2028, a OMS quer arrecadar US$ 11,1 bilhão para implementar seu trabalho.
Cálculos iniciais indicam que somente US$ 4 bilhões devem ser entregues e haverá um déficit de US$ 7,1 bilhões no plano.
Até o momento, mais de US$ 1,6 bilhão já foram prometidos por países ao redor do globo. A meta é investir em segurança global, equidade da saúde e resiliência para que os países estejam melhor equipados para enfrentar crises como a pandemia, surtos e possam fortalecer seus sistemas de saúde e fornecer acesso universal a cuidados.
A decisão de Angola foi elogiada pelo Escritório da OMS no país africano.
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